ANGOLA
Angola's tormented path to petro-diamond led growth









Sr. Naïm Martins Cardoso, Managing Director de Chitotolo


Entrevista com o

Sr. Naïm Martins Cardoso,
Managing Director

Contact:
Rua Eduardo Mondlane, 168
Bairro, Alvalade, Luanda, Angola
Tel: 2442 39 8787 / 39 5804 / 39 4373 / 33 7075
Fax: 2442 39 1288
E-mail: naim@chitotolo.mstelcom.com

Para empezar, quien son los accionistas de Chitotolo?

ITM que tem 50% da sociedade, a Lumnhe que tem 15% e a Endiama que tem 35% da sociedade.

Hay alguna razon porque habeis escojido el nombre Chitotolo?

Chitotolo é o nome de um pequeno lugar que existia na época em que fomos lá, o nome de um lugarejo e que foi adoptado como o nome do projecto mas o significado eu nao conheço.

Cuando fue fundida Chitotolo?

A joint-venture foi adoptada pelo conselho de ministros em agosto de 1996, mas toda a parte burocrática, depois de assinar a aprovação, definição e aprovação do regime fiscal e cambial do projecto, só se deu em novembro do mesmo ano. O projecto só iniciou mesmo a 2 de Dezembro de 1996.

Cual es su comentario sobre la eficiencia de la buraucracia en Angola?

Aqui nós temos de ter em consideração outra característica, o Chitotolo é um projecto que não começou do zero, existia no passado uma área que tínha actividades de exploração diamantífera desenvolvidas pela Endiama, uma iniciativa que esta teve de fazer para que os seus próprios técnicos desenvolvessem actividades de exploração.

El proyecto original era de Daimang?

Não, não. Isso já é posterior à Diamang. É um projecto chamado Penz. Este projecto desenvolveu actividades durante alguns anos e a Endiama, seguindo algumas orientações do governo, no sentido de buscar uma relação com investidores estrangeiros; mas é uma relação em que os próprios investidores correram riscos no programa, ou seja, querem uma relação de sociedade e a Endiama usa o projecto Penz para transformá-lo numa sociedade.
No caso do Catoca e do Luzamba, são sociedades mineiras, mas no nosso caso é uma associação em participação, uma relação comercial como outra qualquer.
O projecto já estava a funcionar, deixou de existir e começou o projecto Chitotolo numa dimensão bastante maior do que o projecto Penz. Nós temos uma área de 5.400 km quadrados (de uma área de concessão) e o Chitotolo começa exactamente quando eles terminam, ou seja, no primeiro dia de actividade nós já tínhamos exploração normal de diamantes, isto porque tínhamos equipamentos que estavam a trabalhar no projecto Penzi que foram disponibilizados pela Endiama para que fossem utilizados no projecto Chitotolo. As instalações, o pessoal que lá estavam também foiram absorvidos pelo projecto Chitotolo e permitiu que de imediato se iniciasse o trabalho. Ainda no período de transacção foram existindo algumas dificuldades por parte da Endiama (no ponto de vista da produção) ela contactou a ITM para apoia-la, então ele (ITM) já estava também presente naquela área quando isso começou.

Cual fue la aportacion de ITM al proyecto de Penzi?

Como eu disse o projecto Penz era uma iniciativa da Endiama no sentido de gerar experiência aos seus técnicos, somente a técnicos Angolanos, existiam algumas deficiências no processo produtivo em função de que se houvesse alguma inexperiência desses técnicos (não diria todos mas alguns) e ao longo do período de existência do projecto Penz, a Endiama identificasse a necessidade de complementar essas experiencias dos técnicos trazendo alguém ou alguma empresa que tivesse uma experiência maior, que foi o caso da ITM. A ITM foi contratada como uma prestadora de serviços da área do projecto Penz e conseguiu melhorar significativamente a produção deste projecto. Exactamente pelo sucesso desenvolvido pela ITM e somando a isso o facto de existir a orientação do governo no sentido de se criar uma relação com algumas empresas estrangeiras onde a troca de conhecimentos seria algo de importante para ajudar o país e também pelo facto de trazer financeiramente e fazer investimentos e correr o risco de que a Endiama mudasse a relação de prestação de serviços da ITM para o Penz mas sim criar um sociedade para estas duas empresas.

Primeiro era a Endiama e a ITM e depois agrega-se uma empresa que tem um prestígio mais caracterizado pela parte de segurança; então a Endiama (como concessionária tem como experiência na cultura local e na comercialização de diamantes), a ITM (tem a tecnologia, a experiência na gestão de pessoal) e a "Donain" (uma empresa vocacionada para a segurança) formaram o Chitotolo.

De cuanto fue de ITM cuando entro en el proyecto?

Para começar o capital social da empresa foram de 7 milhões. Para iniciar, fora isso, as empresas teriam que viabilizar a compra de equipamentos e uma série de coisas que gerou algo mais de 7.500 milhões.

Para começar o Chitotolo precisava de mais ou menos 15 milhões dólares. Não houve na parte inicial a entrada de "cash" porque o peso já existia, no primeiro dia de produção já estavamos a produzir diamantes e automáticamente já estavamos a produzir dinheiro. O problema não era dinheiro, o problema era ter equipamentos novos, uma vez que os equipamentos que encontramos eram antigos. E foi assim que nós começamos.

Como a evolucionado la produccion desde que ITM invertio en el proyecto?

Para lhe responder a isso tenho que lhe contar uma história muito grande.
O Chitotolo era um projecto que como eu disse, era desenvolvido pela própria Endiama e pela ITM e tinha lá uma componente sicial e muita gente envolvida no projecto Penz, tinha mos cerca de 1.200 trbalhadores. Quando houve a convoccao da Endiama e que a ITM também participasse foi feito um estudo do projecto e nesse estudo concluiu-se que se perecisava de apenas 690 pessoas. Isso em Dezembro de 1996. E começamos o trabalho de informar a comunidade que lá vivia e que trabalhava no Penz que não ia ser necessário isso tudo. Só que principalmente naquela região a única actividade que dá às pessoas condições de trabalho é a exploração diamantífera. Houve um acordo nosso e da Endiama no sentido de manter estas pessoas que faziam parte do exesso e que não iriam trabalhar que iriam continuar a receber o seu salário, foi feita esse trabalho para que o consentimento de todos de que realmente o Chitotolo iria começar mas que só iria usar 690 pessoas. Nós fizemos isso durante uns dois meses, quando chegou a Março de 1997, eu ouvi por parte do sindicato dos trabalhadores um aproveitamento dessa situação e potencializaram na cabeça dos trabalhadores que estariam fora do projecto de que a empresa tinha de se responsailizar por todos quando na verdade este é um problema que nao está inserido nas responsabildades da empresa Chitotolo mas sim do Estado e no mínimo da Endiama. Isto é um problema social. Ouve por parte do sindicato e conseguiram fazer uma greve e esta começou a março de 1997 e durou 150 dias, significa que assim que o Chitotolo começou teve logo uma greve de mais ou menos três meses um processo realmente bastante complexo, o problema do excesso de contigentes não era tratado como o assunto mais importante mas era uma oportunidade que o sindicato tinha de reindivicar uma série de outros aspectos, as deficiências que aquela comunidade tem e principalmente pela distância do centro do país que é Luanda, os aspectos de guerra, etc. Houve uma participação bastante intensa do governador da província no sentido de negociar com a condição de que estavamos a tratar de assuntos distintos, em que um é o problema social, da comunidade e o outro era no aspecto empresarial, que era uma empresa que rinha começado, mas o facto é que não se conseguiu isso e o Chitotolo teve que absorver todo o mundo, então o Chitotolo que era um projecto que a viabilidade foi montada em cima de um determinado número de pessoas que geravam determinados custos (como os salários) então os custos do Chitotolo subiram pontencialmente. Esse é um grande problema porque nada estava previsto para acontecer com esta nova realidade, soma-se a isso alguns dos aspectos que o próprio mercado internacional de diamantes estva a viver uma fase muito crítica.

Isto tudo entra numa situação de custos que estavam totalmente fora da realidade, nós tinhamos previsões para uma realidade e essa realidade mudou e a produção não acompanhaou isso e acabau por surgir um último problema que quase indmenizou o projecto, como eu já disse, nós tinhamos o projecto iniciado, no primeiro dia já tinhamos condiições de trabalho, conheciamos uma determinada região que tinha um potencial diamantífero elevadíssimo, a nossa estratégia foi: assim que acabasse a greve, iniciavamos trabalhos naquela ária em que iriamos recuperar todos os custos que nós gastamos.

Essa era uma área que estava ocupada políticamente, mas houve uma operação militar e foi liberada para que nós pudessemos operar. Nós sabiamos que havia garimpo nessa área, mas o garimpo é uma actividade que normalmente só 15% dos diamantes são delapidados mas ficam lá. Quando é feita a pesagem , nós conseguimos gerar a implantação de uma tecnologia de garimpo em que eles conseguiram tirar cerca de 80% das reservas, ou seja, o que sobrou, que eram 20% que do ponto de vista empresarial não tinha sentido explorar porque isso era um custo de exploração da ordem da receita geral, então nós passamos para uma situação ainda pior, tinha como efectivo dobrado, tinhamos os preços dos diamantes (naquela época) bastante baixos e a única área que nós sabiamos que tínha diamantes já não tinha nada porque já tinham sido levados, então o Chitotolo não gastou dinheiro em investigações biológicas porque sabíamos onde poderíamos explorar e equilibrar as nossas finanças. Os custos eram altos, a produção não acompanhava e a necessidade urgente de começar a fazer prospecção para identificar novas áreas de produção diamantífera. Nós iniciamos um projecto de prospecção de emergência, há uns anos atrás e levamos um ano para poder achar as reservas. Isso foi no fim do ano de 1998. Identificamos isso até Junho de 1999, fizemos trabalhos técnicos para poder garantir e confirmar essas reservas e foi a partir de Junho de 1999 que o projecto começa a ter níveis de produção compatíveis com os custos.
Durante esse período a situação foi caótica, nós não conseguiamos pagar os fornecedores; nós para podermos levar algo para fora, tinha de ser de avião e os custos de aviação são assustadores, nós gastamos e continuamos a gastar muito e naquela época gastámos o que não tínhamos. O Chitotolo só se viabiliza em apartir do segundo semestre de 1999, apesar de ter tido uma fase crítica. Esta foi a fase mais caótica que vivemos. Em Outubro de 1999, foi o mês que conseguimos cortar tudo de negativo.

Como le afecto la intensificacion de la guerra en 1999?

Felizmente não muito. Nós tinhamos também uma acção militar que se ausentou assim que ouveram problemas materiais, felizmente a pessoas não, mas nós temos até hoje uma estrutura de apoio e segurança porque é uma região de uma certa fragilidade. A única preocupação com segurança é a…………. em que temos que ter muita segurança para que possamos trabalhar descansados. Alertas há sempre, é uma realidade que tem de ser vivida por todos nós.

Felizmente não temos tido problemas, temos tido mas não são problemas que afectem o nossa produção.

Cual es el costo mas grande de Chitotolo?

A Força Aérea e Segurança pessoal.

Voce piensa que pronto bajaran esos costos con la bajada de la intensidad de la guerra?

Trabalho em Angola a dois anos e já trabalhei com guerra várias vezes. Fiz cooperação de transportes rodoviários com guerra durante muito tempo; apesar da guerra estar presente existia uma condição perante, não só nos aspectos de segurança mas também pelo estado das estradas, mesmo que a grerra pare, o período de recuperação das estradas, não vai ser pequeno porque elas estão bastante dertruídas. Nós não temos razões de queixa porque não vamos até lá, mas com a experiência que ja temos no passado e algumas informaçãoes que nos chegam, certamente que seria grande produção para todos nós e para todos os outros. O transporte rodoviário realmente é o mais económico.

Habeis usado transporte rodoviario recientemente?

Em 1990, nós tivemos vários transportes rodoviários, onde tínhamos camiões a transportar tractores para poder recuperar as estradas, passava uma vez e na segunda tínhamos que arranjar novamente, naquelas zonas chove muito e tínhamos que arranjar na ida e na vinda, isso também tem um custo e certamente será menor que o transporte aéreo.

Voce explota reservas de quimberlite o aluviales?

Quimberlito é o Catoca, nós estamos no aluvial, as nossas minas são de aluvial, o único projecto de quimberlito neste país é o Catoca.

El costo de exploracion de las reservas aluviales es mais bajo que el de quimberlite?


O custo é muito mais baixo. O valor do diamante também é muito mais alto do que o de Catoca.

Porque el valor de un diamante aluvial es mas alto que un diamande de quimberlito?

É muito mais alto porque diamante de quimberlito é de uma qualidade bastante inferior, normalmente o quimberlito há em muita quantidade e pouca qualidade; normalmente os diamantes de quimberlito são indústriais, e os diamantes de aluvial (que é o nosso caso) é uma diamante jóia, é mais para se transformar em jóias.

Cual es su produccion mensual de kilates / mes?

Um projecto como o nosso produz 17 a 18.000 kilates/mês. Se perguntarem ao Catoca, eles produzem 170.000 kilates/mês, mas a qualidade do Catoca é três vezes mais baixa que os preços do mercado.

No podria dar el valor de mercado de su produccion?

O preço médio do diamante no mercado de diamante oscila um bocado, não muito mas oscila. O Chitotolo tem alcançado 5 milhões e meio de dólares por mês de venda de produção. Os custos variam também mas hoje temos custos de 3/4.5 milhões de dólares por mês.

Se preve incrementar la sua produccion?

A18-Nós já estamos em fase de ampliação do projecto, em função do equilíbrio económico e financeiro que o projecto alcançou, já estamos a dar mais um passo onde fechamos um financiamento com o Banco, estamos a fechar o complemento desse financiamento ao longo desse mês, que vai-nos permitir que a partir do mês de Maio, uma a moliação da área de exploração. Essa é uma área que ja está bastante utilizada (estamos a 4 anos a trabalhar nela) e o N´zagi (onde fica o Chitotolo) é a primeira área de exploração diamantífera em Angola, ela tem 70 anos da história do diamante.

Nós vamos investir nesta fase cerva de 5.000.000 de dólares.

Que implica en terminos de seguranza, el incremento de la vostra area de exploracion?

Só na protecção física nossa são 213 pessoas e vamos pôr mais 80 para essa tal ampliação.

Que tamanio tiene el proyecto Chitotolo comparado con otros grandes proyectos mineiros en Angola?

Sigundo a informação que eu tenho (pode estar errada, mas) é que o Chitotolo hoje nos projectos de aluvial, é o que mais produção e mais receitas tem no país. O primeiro de aluvial e o segundo de todos os projectos diamantíferos de Angola.

Para finalizar tenemos uma pregunta mais pessoal. Porque a tomado la decision de quedarse en Angola con todas la dificultades de seguranza que implica en el dominio de exploracion diamantifera?


Decidi seguir porque nós estamos aqui para isso, nós temos de acreditar que o diamante é algo que é rentável, sempre foi e penso que sempre será, as dificuldades que o Chitotolo tinha são dificuldades inerentes a uma realidade do país, se nóos estamos aqui é para vencer tais dificuldades. As empresas que fazem parte dessa sociedade conhecem essa realidade inclusive até melhor que eu, e acreditão no projecto e noutros (porque eles não têm só este projecto), nós fizemos um trabalho bastante grande para vencer essas dificuldades na parte social, talvez seja o projecto que mais acompanhamento social tem, nós temos uma departamento social com Assistentes Sociais, Médicos; tudo isso nós fizemos no sentido de até gerar uma maior credibilidade junto à comunidade em que vivemos; junto aos trabalhadores que são nossos (que não deveriam ser mas são) para que eles podessem acreditar no projecto e juntos podemos mudar esse trabalho que dependia muito da produção, nós tínhamos de aumentar a produção de qualquer forma, é lógico que tínhamos que reagir e esse foi o momento em que todos os sócios acreditaram e resolveram continuar.
O diamante é uma coisa muito boa enquanto há, nós temos de encontrar mais diamantes e vamos dar uma dimensão maior ao projecto e vamos poder trabalhar mais na parte social para que possa efectivamente continuar a existir essa comunidade.

O Futuro a jogar pela realidade que vivemos hoje se não tivermos mais nenhum problema ou alguma surpresa no ponto de vista de segurança Chitotolo é uma projecto que tem muito para acontecer mas, como tudo na vida, pode deixar de o ser. É uma realidade que temos de viver.

Cual es su mensaje final sobre Angola, para los lectores de Forbes Global?

Eu sou um estrangeiro que estou aqui a muitos anos sempre trabalhei na área diamantífera mas vivo com a realidade do país principalmente fora da cidade Capital, essa é outra realidade em que estamos insseridos. O potencial aqui em Angola no ponto de vista empresarial é muito grande, é lógico que as dificuldades também sáo grandes, estar a conviver com essas dificuldades precisa-sse de ter o mínimo de aprendizagem, para entender essa realidade, a forma de como as coisas acontecem, mas é uma país perfeitamente viável e no ponto de vista empresarial é bastante interessante principalmente quando o potencial existe em todas as áreas, não só na área do diamante. Se posso dar uma mensagem, devo dizer que, realmente é uma país que vale apena investir apesar de todas as dificuldades.

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© World INvestment NEws, 2002.
This is the electronic edition of the special country report on Angola published in Forbes Global Magazine. February 18th, 2002 Issue.
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