Page 11 - GuineaBissau

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Introdução
Pré-História
Durante a pré-história, o país era habitado por povos
florestais e as primeiras evidências de vida humana
(ferramentas e outros produtos manufacturados)
foram descobertas em toda a África Ocidental,
incluindo na Guiné-Bissau e datam de 200.000 anos
A.C. Estes utensílios manufacturados são atribuídos
ao Homo Erectus, o antecessor do Homo Sapiens
(homem contemporâneo).
História
O primeiro império a invadir o território guineense
foi o do Gana, por volta do século V. No século XIII,
o domínio dos povos Naulu e Landurna estendia-
se à toda a região da costa ocidental de África, na
sequência do declínio do império do Gana.
Já no século XIV toda a zona passa a ser
integrada no vasto império do Mali. Os invasores
estabeleceram relações amistosas com os povos
árabes do Magreb, tolerando o islamismo.
Aqueles que se converteram à religião muçulmana
foram chamados de àlmorávidas. Estes, à partir
do século XI, empreenderam uma “guerra santa”
à partir do território onde hoje se situa o Senegal,
tendo-se expandido até à Península Ibérica e
libertando muitos povos que estavam dominados até
então pelo império do Gana, como os Mandingas,
que mais tarde viriam à invadir o actual território
da Guiné, no século XIII A.C. e à fundar o reino de
Gabú (conhecido por império de Kansalá), vassalo
do Império do Mali.
Algumas zonas do território que actualmente
constitui a Guiné-Bissau ficaram ainda sob o domínio
do reino de Gabú até ao século XVIII.
Colonização
Foi o marinheiro português Álvaro Fernandes que
primeiro chegou à Guiné, em 1446, e reclamou a
posse do território, porém, poucas laços de comércio
foram estabelecidas antes de 1600. A partir de 1450,
os navegadores faziam o comércio de escravos, de
ouro, de marfim e de especiarias com este país. Mas a
ocupaçãodo territórioguineensepela coroaportuguesa
só se verificou a partir de 1558, com a fundação da
vila de Cachéu. Em 1630, criou-se a Capitania-Geral
da Guiné Portuguesa que administrava o território.
Bissau, na altura uma vila, foi fundada em 1697,
como fortificação militar e entreposto comercial de
escravos.
Os rios e costas foram dos primeiros locais à ser
colonizados pelos portugueses, no entanto, o interior
do território ficou por explorar até ao século XIX. Os
espanhóis tentaram, em vão, apoderarem-se da
região, até que se assinou o Tratado de Alcáçovas,
em1480. No segundo quarto do século XVI, verificou-
se uma grande intervenção da pirataria e traficantes
franceses, à que se seguiram os ingleses. Já no
decorrer da dinastia filipina em Portugal (1580-1640)
surgiram também os holandeses.
O monopólio português teve o seu fim nos finais
do século XVII, quando comerciantes ingleses,
holandeses, suecos e franceses começaram a
interessar-se igualmente pelo comércio de escravos.
A partir dos séculos seguintes, os territórios
circundantes à chamada “Guiné Portuguesa”
tornavam-se propriedade francesa (como a área
do rio Casamansa, que era um grande centro de
comércio da colónia portuguesa) e inglesa (que sem
sucesso, tentou ocupar a região de Bolama).
Portugal satisfazia-se apenas com a permanência
na zona costeira, não tendo reclamado muitas das
partes mais para o interior. Só em 1880, as potências
europeias começaram a partilhar o continente
africano (1870: sob a arbitragem de presidente
americano Ulysses Grant; 1885: Conferência de
Berlim; 1886: Acordo Franco-português).
Com a abolição da escravatura, principal negócio
da região, veio desenvolver-se a agricultura e
silvicultura, explorando-se principalmente as culturas
de amendoim, óleo de palma, algodão e borracha.
E em 1879, a “Guiné Portuguesa” passa a ter um
governo próprio. Foi, até então, sob a jurisdição dos
capitães de Cabo-Verde. Em 1897, a Guiné-Bissau
transformou-se finalmente numa colónia autónoma
de Portugal.
Período colonial
No fim do século XIX, navios ingleses patrulhavam
a região para proibir o comércio de escravos. Na
viragem para o século XX, Portugal inicia uma
campanha contra as tribos animistas, contando
com o auxílio das populações islâmicas costeiras.
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