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Informação Geral
O que viria à desencadear uma luta contínua pelo
controlo do território interior e dos arquipélagos mais
distantes. Não seria antes de 1936 que o controlo
das ilhas Bijagós foi assegurado na totalidade por
Portugal.
Já em 1951, Portugal reformou o sistema colonial,
passando assim todas as colónias portuguesas
à designar-se de províncias ultramarinas. Nessa
época, os portugueses voltaram mais para a
exploração agrícola, penetraram no interior das
terras e após várias guerras com as populações
locais, chegaram à controlar todo o território. Ao
contrário de outras potências coloniais, Portugal
desenvolvia pouco as infra-estruturas e o acesso
à educação, o trabalho forçado era aplicável, e a
administração era exercida por Cabo-verdianos,
mestiços (e não por autóctones).
O regime era opressivo, sobretudo com a chegada
ao poder do ditador António Oliveira Salazar, em
Portugal, no ano de 1926. A população local opôs-
se desde 1936, e em 1956, Amílcar Cabral criava o
Partido Africano para a Independência da Guiné e
Cabo Verde (PAIGC). A Guiné foi, provavelmente, o
conflito mais difícil para Portugal, em termos bélicos
e com o decorrer da guerra colonial a derrota
portuguesa se podia prever facilmente.
Guerra de libertação
Na década 50, após uma longa história de resistência
à ocupação colonial, a ideologia independentista
começa a ganhar força, principalmente nas camadas
mais urbanas, o que se vem à traduzir, em 1956, na
criação do PartidoAfricano da Independência da Guiné
e Cabo Verde (PAIGC), fundado por Amílcar Cabral.
Após o massacre dos estivadores, em greve no
porto de Pinjiguiti em Bissau em Agosto de 1959, o
PAIGC decide optar pela luta armada, a qual começou
efectivamente em 1963. Em 1969, o PAIGC, com a
ajuda substancial da URSS e de Cuba ganhara o
suporte das bases e controlava quase dois terços do
território.Apesar da resistência árdua dos portugueses
e o assassinato de Amílcar Cabral, em Conacri, no
início de 1973, o PAIGC ajudado pela URSS, China
e Cuba declarara unilateralmente a independência da
Guiné-Bissau, no dia 24 de Setembro de 1973.
Assim terminou uma das mais longas lutas de
libertação em África. A maior parte dos países-
membros da ONU, reconhecera rapidamente o novo
governo e Portugal, após a queda da ditadura (com
o 25 de Abril: A Revolução dos Cravos) em 1974
agiu do mesmo modo e a 10 de Setembro de 1974
reconheceu a independência do País.