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Agricultura e pesca
Os solos guineenses são maioritariamente argilo-
arenosos e ferralíticos, com uma parte importante
de solos hidromórficos (na zona costeira), solos
perfeitamente aptos para a produção agrícola.
O país sofre de falta de meios para desenvolver uma
efectiva comercialização de culturas concorrentes
ao caju. Mesmo tendo um enorme potencial, a
Guiné-Bissau continua a ser uma das economias
menos diversificadas de todo continente africano.
Entraves à produção
Uma das grandes restrições ao progresso agrícola
reside precisamente na insuficiência de infra-
estruturas, muitas vezes desadequadas, que sirvam
para o armazenamento e comercialização da castanha
de caju, e para o escoamento dos excedentes
agrícolas e dos mariscos e pescados de vias de
comunicação propícias, já que a rede rodoviária
pavimentada é diminuta e as vias rurais se encontram
em mau estado, devido à falta de manutenção.
A falta de operacionalidade constante da rede
eléctrica, a debilidade dos circuitos comerciais, a
escassez de operadores económicos, logísticos e
de capacidade financeira com experiência, aliados
à carência ou deficiência manifesta de mercados
locais, armazéns, sistemas de comunicação e
sistemas de transformação e conservação dos
produtos agrícolas, não estimulam uma produção
para excedentes agrícolas.
De igual modo, uma baixa tendencial pluviométrica,
mais preponderante para a produção rizícola; uma
dinâmica adversa à produção de bens alimentares,
relacionada com a deterioração dos sistemas de
cultura de tipo mangrove e o isolamento das zonas
de produção conjugado com a falta de meios de
transporte obrigam a especial cuidado na escolha
dos bens à produzir e da zona ideal para se proceder
à instalação empresarial
A nível governamental constata-se que as
competências institucionais são muito exíguas
para a execução de projectos. A organização
dos produtores e profissionalização do sector
é reduzida, o que diminui as capacidades de
empreendedorismo e estabelecimento de negócios.
Os rendimentos no meio rural são muito reduzidos
e escasseiam as instituições especializadas em
crédito ou micro-crédito à agricultura pelo que é
difícil para as famílias desenvolverem mais do que
uma agricultura virada para a subsistência.