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Economia
A República da Guiné-Bissau é presentemente
uma das nações menos desenvolvidas do planeta
(figurando no grupo PMA: países menos avançados),
tendo sido colocada, através do indicador de
desenvolvimento humano, pela Organização das
Nações Unidas, em 172º lugar numa lista de 177
países avaliados. De acordo com o último estudo
levado a cabo para efeitos de realização do
documento de estratégia nacional para a redução da
pobreza (DENARP) a pobreza é maioritariamente
um fenómeno rural, embora se verifiquem ainda
alguns casos nas zonas urbanas.
A sua economia é principalmente baseada na
agricultura (representa cerca de 45% do PIB),
pescas e floresta. O produto mais importante do
país até a data é sem dúvida o caju que representa
a maior parcela das exportações guineenses, sendo
o país o sexto maior produtor mundial daquele fruto.
Tambémo arroz e os frutos tropicais são significativos
em termos de produção, mas poderiam ainda ter
mais peso se o país fosse mais desenvolvido e a
produção maior.
A Guiné-Bissau poderia assim ser auto-suficiente
em relação ao arroz, dispensando a importação e
exportar bastante mais frutos tropicais. Embora
exporte peixe e mariscos, a exploração piscatória
é feita na maioria por estrangeiros, que processam
os produtos e os comercializam fora do país. Além
dos recursos naturais ‘vivos’ dispõe de muita riqueza
nos seus solo e subsolo, como petróleo, gás natural,
bauxite, fosfatos, variados tipos de rochas e até
ouro e pedras preciosas. Devido ao elevado custo
de extracção e a ausência da tecnologia necessária,
o país não se encontra à explorar esses recursos;
muito embora o governo já tenha licenciado e
atribuído alvarás, à empresas estrangeiras, para
esse efeito.
A situação actual da economia do país deve-
se essencialmente às opções feitas após a
independência, em meados da década de 70,
quando o país adoptou uma gestão centralizada e
focada no mercado interno. A distorção na afectação
dos recursos e o papel interventivo do estado na
vida económica constituíram os maiores entraves
à valorização do potencial do país e crescimento
económico.
A Guiné-Bissau importa quase todos os seus bens
de consumo e de equipamento, sendo que só o
arroz, a farinha, o açúcar e o petróleo representam
quase 90% das importações totais.
Em 2009, os preços das importações tiveram
uma quebra que resultou no declínio dos preços
internacionais, não obstante verificou-se um
aumento significativo do volume das importações,
fruto dos programas de investimento público. Porém
esse aumento não chega para compensar o impacto
negativo dos preços de exportação em queda e daí
se explica a actual balança comercial.