Page 73 - GuineaBissau

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Economia
Em Setembro do mesmo ano foram assinados novos
acordos de cooperação, que envolvem um total de
8,2 milhões de dólares americanos.
O país desenvolve no presente negociações, no
âmbito do Acordo de Parceria Económica com a
União Europeia, acordo negociado ao nível regional
da África Ocidental, que compreende o grupo dos
países-membros da CEDEAO ao qual acresce a
Mauritânia.
As autoridades guineenses têm encarado esta
oportunidade de um modo bastante positivo. O país
tenta assim compensar a potencial perda de receitas
aduaneiras, através de um reforço importante
de capacidades ao nível do sector privado, o que
permitirá a redução do desemprego, acrescentará
valor e desta forma aumentará as receitas fiscais do
estado, com os impostos pagos pelas empresas e o
imposto profissional.
Angola, que partilha de passado colonial e língua
comuns, tem vindo à fortalecer a sua presença na
Guiné-Bissau, quer ajudando ao desenvolvimento
das infra-estruturas, como à nível empresarial, com
vários investimentos em curso no país.
A cooperação também se estende à outros países
em desenvolvimento. Ultimamente a República
Popular da China encontra-se muito presente no
país, fazendo negócios que envolvem a construção
de infra-estruturas em troca de matérias-primas.
Visão Histórica
Se não fosse o que atrás foi referido e também o
conflito militar que assolou a Guiné-Bissau, de 1998
a 1999, poderíamos hoje conhecer um país com
um nível de progresso e indicadores de riqueza
bastante diferentes. O conflito danificou, e em
alguns casos destruiu até, muitas infra-estruturas
essenciais no país e interrompeu o caminho que
a nação atravessava, no plano económico. Com
a guerra civil a produção agrícola desceu cerca
de 17% (a produção de caju registou uma descida
de 30%) e o PIB, em 1998, estima-se que tenha
descido 28%. Antes da guerra, a reforma comercial
e a liberalização de preços foram as partes do
programa de ajustamento estrutural do governo (sob
a orientação do FMI) que mais sucesso tiveram.
Depois do conflito armado e igualmente sob
orientação do FMI e também do Banco Mundial,
através do plano pós-conflito, o PIB recuperou cerca
de 8%. Já em Dezembro de 2000, o país qualificou-
se para uma redução da dívida externa na ordem
dos 800 milhões de dólares americanos através
da primeira fase da iniciativa HIPC (países pobres
altamente endividados). Contudo, o programa
guineense para a redução da pobreza e crescimento
económico foi suspenso pelo FMI nesse mesmo
mês, devido à aplicação indevida de fundos pelo
regime de Yalá. De igual modo, o alívio da dívida
foi congelado ainda em 2001, quer pelo FMI quer
pelo Paris Club.