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Energia
O fraco nível de desenvolvimento do sector
energético do país está bem patente nos indicadores
de consumo. O consumo energético per capita da
Guiné-Bissau é de aproximadamente de 0,3 te por
habitante ao ano.
A maioria dos meios de produção e de distribuição
está concentrada em Bissau e em algumas vilas
do interior. O sector energético contribui para a
manutenção dos actuais desequilíbrios entre os
meios urbano e rural. Os circuitos de distribuição
e comercialização escasseiam na maioria das
zonas do território guineense. Assim, o país acusa
grande dificuldade no que respeita à satisfação das
necessidades energéticas básicas, principalmente
para a população camponesa.
Asituação débil do sector energético é ainda agravada
pela progressiva diminuição das áreas de colecta da
lenha, principalmente nas zonas norte e leste do país,
onde os habitantes se vêem, muitas vezes, forçados
a percorrer distâncias cada vez maiores, à procura
de energia para que possam cozinhar e levar a cabo
outras actividades produtivas.
Com tudo isto em mente, o governo guineense, com
apoio internacional, está empenhado na consolidação
e desenvolvimento das infra-estruturas do sector
energético, de forma à possibilitar o acesso da
população à energia eléctrica; na implementação de
uma política de redução dos custos da produção de
energia; em garantir a qualidade do serviço prestado,
num quadro de desenvolvimento económico
sustentável; na reorganização do seu quadro
institucional, com o objectivo de definir e separar o
papel do estado, como entidade responsável pelo
desenvolvimento da política energética, e órgãos de
regulamentação do sector.
Electricidade
Nas últimas duas décadas, somente nove
localidades urbanas foram contempladas com
investimentos públicos dirigidos à construção infra-
estruturas para a produção de energia eléctrica.
São esses centros urbanos Bissau, Bafatá, Gabú,
Cacheu, Farim, Catió, Bolama, Bissorã e Bubaque.
Estes investimentos abrangeram, em termos de
impacto populacional, indirectamente cerca de 30%
da população em Bissau e uma média de 36,5%
para as restantes localidades electrificadas.
Em geral verifica-se uma fraca penetração no
território e deficiente cobertura no país. O serviço
público de electricidade serve menos de 20% da
população total.