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Energia
O país conta com uma central deixes, uma rede de
média tensão que se estende ao longo de 117 km
e uma rede de baixa tensão que percorre 198 km.
A Empresa Pública de Electricidade e Água no ano
passado conseguiu satisfazer minimamente as
necessidades dos seus 13.200 consumidores.
A dificuldade de obtenção de peças sobressalentes,
resultado da fraca liquidez financeira que impede a
compra imediata das mesmas, entre outros factores,
como a falta de potência disponível, causa cortes de
energia em certos bairros, por um período de tempo
que se estima ser cerca de 70% do total horário anual.
Esta irregularidade do abastecimento de energia
eléctrica, devido à fraca produtividade verificada,
as insuficiências da tesouraria e a má qualidade
do produto fornecido, causam frequentemente
perturbações aos utentes, de ordem social,
comercial e financeira.
Apresentando uma baixa taxa de electrificação
e um tarifário desadequado, a maior parte
das “ilhas eléctricas” enfrenta dificuldades de
tesouraria e apresenta falta de capacidade de auto
financiamento, tendo que recorrer a frequentes
paios do governo, para colmatar a dificuldade de
pagamento dos custos de exploração.
Combustíveis derivados do
petróleo e gás natural
Não obstante a degradação dos meios de armaze-
namento, o volume das importações para consumo
interno tem registado um aumento progressivo.
A distribuição do consumo dos produtos derivados
do petróleo por sector de actividade apresenta um
grande desequilíbrio, verificando-se que 60% se
destina ao transporte, 30% à produção eléctrica, 8%
à produção industrial e apenas 2% à agricultura.
Após ter constatado a longa crise de gestão técnica
e financeira da extinta DICOL, o governo guineense
decidiu, através do Decreto-Lei Nº 54/93, extinguir o
monopólio da importação e distribuição dos produtos
derivados do petróleo. Tal facto veio a permitir o
investimento do sector privado, cuja presença se
faz sentir quer na importação como na distribuição,
como aliás se pode aperceber pela proliferação das
estacões de distribuição, tanto na capital como no
interior do país.
Contudo, os mesmos problemas de gestão detectados
na DICOL foram igualmente identificados na empresa
Guinegás, entretanto liquidada, mais agravados
ainda pelas condições extremamente perigosas de
exploração, em que as empresas operavam.
A agilização do papel do estado, através da
privatização dos meios de armazenamento e
abastecimento das botijas, permitiu uma melhoria
dos serviços prestados aos utentes, a diminuição
da pressão sobre os fundos público no sector e
a melhoria das receitas fiscais e da estrutura de
preços para consumidores.
A exploração petrolífera na Guiné-Bissau remonta
aos anos 60, altura em que a empresa ESSO fez
seis perfurações offshore; e encontrou igualmente
grandes jazigos de petróleo e gás onshore, na zona
do interior do país.
De 1960 a 1989, grupos internacionais procuraram
e exploraram jazigos de petróleo e de gás um pouco
por todo o território guineense.
Desde a afirmação da Guiné-Bissau como nação
independente que têm sido concedidas licenças de
concessões para prospecção de petróleo offshore,
na sua zona económica exclusiva, a diversas
companhias internacionais. Há, ainda hoje, blocos
livres em offshore que estão a ser promovidos para
eventuais interessados. Com a independência, em
1974, a exploração foi afectada pela instabilidade
política, militar e civil vivida no país.
Por outro lado, a exploração petrolífera offshore
desencadeou uma disputa de fronteiras entre a Guiné-
Bissau e o Senegal, tendo criado problemas que só
viriam a ser resolvidos em 1993 com a cessação do
conflito armado entre aquelas duas nações.
Nas últimas quatro décadas, desenrolaram-se
diversas tentativas, intermitentes, de promoção
deste tipo de explorações, tendo estado envolvidas
um sem número de companhias internacionais
como: ESSO, ELF, Pecten, Lasmo, Sipetrol of Chile,
West Oil, Sterling Energy, Benton Oil and Gas e
Petrobank Energy and Resources.
Através de um acordo, assinado em 1995, a zona
fronteiriça disputada com o Senegal é agora gerida
em conjunto por ambos os países, por meio da
Agência de Gestão e de Cooperação entre a
Guiné-Bissau e o Senegal (AGC). Os proveitos da
exploração, de acordo com o que foi negociado, são
distribuídos pelo Senegal e a Guiné-Bissau numa
rácio de 85:15.