Page 94 - GuineaBissau

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Energia
Poços de Casamanca-Bissau
Estas explorações, situadas nas águas pouco
profundas de Casamanca, que cobrem um centro
de depósitos Mesozóico-Cenozóico, compreendem
vários poços em actividade. A sua proximidade
das grandes reservas de Dome Flore e Gea dá
consistência à ideia de existência duma actividade
de produção natural de hidrocarbonetos naquela
zona e alimentam as expectativas de prospecção de
petróleo nas zonas de Sinapa e de Esperança.
Poços de Sinapa e Esperança
As explorações de Sinapa, especialmente no bloco
2, e as de Esperança, nos blocos 4Ae 5A, combinam
uma área de 5.840 km2, localizada debaixo de
águas com profundidades compreendidas entre os
10 e os 2.000 metros.
Desde 2001 que o alvará de exploração da
companhia Premier Oil passou a incluir a obrigação
de execução de estudos sísmicos tridimensionais.
Esses estudos permitiram, nas perfurações do poço
2 e 2Z de Sinapa, que fossem detectadas reservas
de petróleo na zona adjacente, onde estão situados
os reservatórios albianos.
No início de 2004, a empresa Sterling exerceu
o seu direito de exploração de 5% das licenças
de exploração de Sinapa. Um desenvolvimento
similar teve lugar para as reservas de Esperança,
com a companhia a exigir os seus 5% de direito de
exploração também para aquela zona.
Combustível lenhoso
Os combustíveis lenhosos, lenha e carvão vegetal,
desempenham um papel de importância vital na vida
quotidiana e económica dos guineenses; quer pela
sua contribuição para o balanço energético do país,
quer pelo seu impacto sobre os recursos lenhosos
disponíveis.
Segundo os últimos estudos realizados, esta forma
energética representa mais de 90% da energia final
consumida pelas famílias.
A lenha é a forma de combustível lenhoso mais
utilizado, representando uma fatia de 74% das 738.000
toneladas de combustíveis lenhosos consumidos
anualmente, secundada pelo carvão que representa a
restante parcela, de aproximadamente 26%.
Em termos da estrutura do consumo por região, a
distribuição denota uma prevalência nos meio rurais
com 67%, contra 33% dos meio urbanos dos quais
20% são consumidos na capital, Bissau.
Uma parte considerável do carvão produzido, que
proporciona baixos rendimentos e altos custos
ambientais, destina-se à exportação para os países
vizinhos por meio de circuitos informais.
A pressão sobre os recursos florestais para a
satisfação das necessidades energéticas tem
sido equilibrada com a manutenção da superfície
nacional coberta com floresta natural e savana, sem
contar com os mangais.
Contudo, as características naturais do solo da
Guiné-Bissau nem sempre foram protegidas por
políticas de exploração racional que garantissem
a renovação dos recursos e ao mesmo tempo o
desenvolvimento sustentável da qualidade de vida
da população.
Energia solar
Tendo em conta o grau de dispersão e a distância
entre as tamancas e os centros urbanos, é muitas
vezes inviável, economicamente, o alargamento da
rede de energia eléctrica o que trás sérios problemas
ao nível dos sectores do ensino, educação e saúde.
Para colmatar tal necessidade, nessas localidades,
têm sido encontradas soluções alternativas que
pressupõem a utilização da energia solar para
alimentação dos sistemas de comunicação,
conservação de medicamentos e alimentos.
Assim, realizaram-se diversos projectos e
programas, no quadro da cooperação regional ou
bilateral, como são exemplo o Programa Regional
Solar, em colaboração com o CILSS, que já permitiu
a instalação de 23 bombas solares para a captação
de água; a instalação de televisores comunitários
com a cooperação do governo português ou a
alimentação de vários dispensários e instalações
de telecomunicações civis e militares com a mesma
energia.
O maior problema inerente à exploração deste
tipo de equipamentos prende-se com a falta de
manutenção e pessoal especializado para o
efeito, e com a falta de renovação dos mesmos
equipamentos, quando necessário.