Page 151 - GuineaBissau

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Agricultura e pesca
O peixe é a principal fonte de proteína do país,
estimando-se um consumo anual de peixe de 10
kg habitante por ano, o que correspondente a uma
satisfação de cerca de 70% das necessidades
proteicas individuais.
Hoje em dia, pode-se dizer que as pescas já têm
um peso muito significativo no orçamento de
Estado da Guiné-Bissau (contribuindo com quase
43% das receitas para o Tesouro Público), dado o
crescimento de vendas de licenças de pesca; mas
em relação à produção nacional não se pode dizer
o mesmo, sendo que em relação ao PIB tem uma
participação de apenas 2%.
Calcula-se que o sector das pescas empregue à volta
de 8.000 guineenses, directa ou indirectamente, na
sua maioria praticantes da pesca artesanal.
Dadas as características da Zona Económica
Exclusiva da Guiné-Bissau, bastante rica, tanto
em quantidade (com uma biomassa bruta de cerca
de 1,3 milhões de toneladas) como em qualidade
(com inúmeras espécies de peixes), em recursos
haliêuticos, pode-se afirmar que o sector das
pescas reveste uma crucial importância para o
desenvolvimento económico e social do país.
No entanto, esta riqueza não é ainda aproveitada,
nos planos económico e social, já que o país não
possui navios de pesca próprios capazes de pescar
na totalidade da sua ZEE. A Guiné-Bissau limita-se
à vender licenças à frotas de origem estrangeira,
cujas capturas seguem directamente da ZEE para
os mercados europeus e asiáticos.
O país não exporta produtos relacionados com
a exploração do mar para a Europa desde 1999,
devido à falta de cumprimento das normas de higiene
e qualidade que a União Europeia exige. Mais
especificamente, derivado à falta de instalações de
armazenagem de frio, à carência de infra-estruturas
portuárias, e à deficiências na conformidade com as
normas fitossanitárias.