Page 74 - GuineaBissau

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Economia
No ano de 2004, a conjuntura das finanças públicas
caracterizava-se pela deterioração dos saldos
orçamentais, resultado de um grande crescimento das
despesas em relação às receitas, o que desencadeou
um golpe de Estado. Segundo o relatório do FMI de
Dezembro do mesmo ano, o governo de transição
havia conseguido uma gestão das finanças públicas
significativamente melhorada e o Ministério da
Economia e Finanças tinha desencadeado esforços
que contribuíam para a melhora da cobrança de
receitas e controlo das despesas públicas.
A economia guineense registou um crescimento à
volta 3,5%, em 2005, consequência de um bom ano
à nível agrícola e da restauração da estabilidade
política no ano anterior, que se viu confirmada pelas
eleições presidenciais de 2005.
Contudo, em 2006, resultado de uma má política de
comercialização da castanha de caju, as receitas
fiscais registaram uma quebra. No entanto, o país
gozou de um maior apoio em termos de ajuda
orçamental externa, principalmente da União
Europeia e das organizações económicas regionais
(CEDEAO e UEMOA).
A economia guineense registou uma retoma mais
acentuada em 2007, após o governo ter fixado
artificialmente o preço do caju em 70 cêntimos de
dólar americano por quilograma (mais do dobro do
que os comerciantes estavam dispostos a pagar.
A economia beneficiou ainda de um crescimento
robusto no sector turístico.
Assim a Guiné-Bissau registou um crescimento do
PIB na ordem dos 3,3% em 2008, que se deveu
principalmente à retoma das exportações de caju
e à doações internacionais. Devido à conjuntura
internacional, a economia registou, no mesmo ano, uma
subida da inflação para valores que rondaramos 10,7%,
o que levou o FMI a anunciar a aprovação de uma verba
de 2,8 milhões de dólares americanos, no contexto da
assistência de emergência à situações de pós-conflito
(EPCA). No mês de Julho, o FMI libertou uma segunda
verba de 2,9 milhões de dólares americanos no
seguimento do mesmo programa de assistência.