Page 75 - GuineaBissau

Basic HTML Version

75
www.ebizguides.com
Economia
Desenvolvimentos recentes
No ano de 2009, o crescimento refreou derivado à
uma conjuntura externa menos oportuna e à uma
situação política volúvel, mas beneficiou do bom
desempenho da agricultura e da construção. De
igual modo, a queda do preço do caju, o principal
produto exportado, e a consequente diminuição
das remessas acarretaram um afrouxamento
expressivo das receitas e ampliaram as pressões
fiscais e prejudicaram a balança de pagamentos.
Não obstante, devido a uma boa colheita de caju e à
recuperação do sector da construção, o crescimento
do PIB real para o mesmo ano deverá situar-se na
casa dos 3%, ligeiramente acima do valor aguardado.
Segundo as autoridades do país, o sector secundário
cresceu 4.8%, graças ao importante programa de
infra-estruturas, financiado pelos doadores e pelo
Estado. Não obstante de uma grande parte da
economia da Guiné-Bissau ser de carácter informal
e das dificuldades de recenseamento empresarial, o
sector terciário apresentou um aumento de 5.8% da
taxa de crescimento do sector terciário, em 2009.
Contrariamente a todas as previsões, o saldo
orçamental melhorou, quer em 2008 como em 2009,
tendo sido a maior parte do défice coberta por meio
da ajuda externa.
Estima-se que o crescimento do PIB real da
Guiné-Bissau comece a crescer gradualmente
para 3.4% e 4.0%, respectivamente, em 2010 e
2011. Os impulsionadores desta recuperação são
a agricultura e a construção, que poderão ter a
ajuda do sector mineiro e dos serviços conexos, que
em caso de continuidade do clima de estabilidade
política, poderão contribuir com o aumento das suas
contribuições.
No que diz respeito aos factores externos, a
diminuição das receitas da exportação do caju,
consequência da queda de preços da castanha,
originou uma deterioração mais carregada do défice
da conta corrente (exceptuando as doações) para
10 % do PIB, com base nos dados preliminares.
Os valores das exportações caíram à volta de
30%, anulando o efeito do sólido crescimento do
volume das exportações resultante da boa colheita
de caju (22% superior à de 2008). As importações
aumentaram, espelhando a ascensão da quantidade
de petróleo importado, independentemente da
descida do preço deste bem.
Oforte incrementodovolumede importaçãodemateriais
de construção revelou-se uma causa complementar
de pressão na conta das importações, reflexo de uma
retoma dos projectos de infra-estruturas.